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ABNT/CB-024 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 14608
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nbr 14.608
16 de Maio de 2019
1

Resgate aquático, Desencarceramento. Confira aqui as principais mudanças da norma NBR 14608 BOMBEIRO CIVIL 2019

ABNT/CB-024 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 14608 JAN 2019

Consulta Nacional

Treinamento do bombeiro civil

Os bombeiros civis devem ser treinados para executar as funções e atribuições profissionais específicas de acordo com a sua área de atuação, sendo as principais:

a) bombeiro público;
b) bombeiro industrial;
c) bombeiro marítimo e instalações portuárias;
d) bombeiro de aeródromo;
e) bombeiro florestal;
f) bombeiro operador de resgate técnico;
g) bombeiro operador de emergências com produtos perigos;
h) bombeiro motorista e operador de viaturas de emergências;
i) instrutor de bombeiros;
j) chefe de bombeiros.

Para a composição da quantidade de bombeiros civis, deve-se levar em consideração quais atividades serão executadas pelos bombeiros civis, como:

a) atividades de inspeção de segurança;
b) primeiros socorros e/ou atendimentos pré-hospitalares de emergências médicas;
c) atendimentos de resgate técnico (altura, espaços confinados etc.);
d) atendimentos de prevenção e controle de incêndios;
e) atendimentos a emergências com produtos perigosos;
f) atividades para o abandono de áreas;
g) atividades de ensino de educação continuada para o público interno.

Para a composição da quantidade necessária de bombeiros civis, deve ser considerado ainda o seguinte:

a) análise das situações que possam oferecer riscos para a vida da população da planta;
b) análise dos principais potenciais de danos ambientais por consequência de acidentes e/ou incêndios na planta;
c) análise dos principais potenciais de perdas de propriedades por consequência de acidentes e/ou incêndios na planta;
d) análise dos tipos de viaturas que podem ser empregados e a composição da tripulação de acordo com as ABNT NBR 14561 e ABNT NBR 14096;
e) procedimentos operacionais empregados como padrão para os atendimentos às emergências;
f) tipos de equipamentos e recursos materiais empregados nos atendimentos às emergências;
g) localizações e disposições das equipes e dos armários da brigada para garantir o tempo de resposta adequado conforme a sua área de abrangência na planta.

Seleção de bombeiros civis

Para ser selecionado, o candidato a atividade profissional de bombeiro civil deve atender aos critérios descritos a seguir:

a) ter mais de 18 anos de idade;
b) ter escolaridade mínima de ensino médio concluído;
c) ter concluído e ser aprovado no treinamento de bombeiro civil;
d) ter especialização, quando requisitado.
NOTA Convém que, para os candidatos a bombeiro civil em seleção e/ou já selecionados, seja considerada a inclusão de exames complementares, por exemplo, teste ergométrico, ecodoppler cardiograma, monitoramento ambulatorial de pressão arterial (MAPA) e exame de curva glicêmica para a composição dos exames admissio­nais de emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO) ou outra avaliação periódica de saúde.

Todos os bombeiros civis selecionados devem ser capacitados para executar as funções e atribuições profissionais específicas, de acordo com a sua área de atuação na planta. NOTA Todos os EPI e EPRA estão em conformidade com a legislação especifica, havendo o certificado de aprovação (CA), tais especificações técnicas já constam nos regulamentos estabelecidos pelos órgãos pertinentes.

O conjunto individual de proteção para incêndio deve ser composto de:

a) vestimenta completa com jaqueta e calça (específico para atividades bombeiros);
b) balaclava (específico para atividades bombeiros);
c) capacete com proteção para os olhos e/ou face (específico para atividades bombeiros);
d) luvas (específico para atividades bombeiros);
e) botas (específico para atividades bombeiros).

Todos os bombeiros devem utilizar EPRA de acordo com a ABNT NBR 13716, sempre que estiverem expostos a uma ou mais das seguintes condições:

a) em uma atmosfera deficiente em oxigênio ou contaminada por produtos de combustão, ou ambos;
b) em uma atmosfera suspeita de ser deficiente de oxigênio ou contaminada por produtos de com­bustão, ou ambos;
c) em qualquer atmosfera que possa se tornar deficiente de oxigênio ou contaminada, ou ambos;
d) abaixo do nível do solo, exceto em atmosfera segura, monitorada continuamente.

Procedimentos para o bombeiro civil

O bombeiro civil deve atender aos procedimentos especificados nesta Norma. Durante cada jornada de trabalho, os bombeiros civis devem:

a) conhecer e aplicar os procedimentos estabelecidos no plano de emergência da planta, elaborado de acordo com a ABNT NBR 15219;
b) identificar os perigos e avaliar os riscos existentes na planta ou área, e trabalhar para corrigir os atos inseguros e as condições inseguras encontradas;
c) inspecionar periodicamente os materiais e equipamentos de atendimento de emergências, prevenção e combate a incêndio, e manter livre o acesso aos extintores, hidrantes, quadro elétrico, corredores e saídas de emergência;
d) inspecionar periodicamente as rotas de fuga, incluindo a sua liberação e sinalização;
e) participar dos exercícios simulados e estar sujeito à avaliação de desempenho de conhecimentos práticos;
f) apresentar sugestões para melhorias das condições de segurança contra incêndio e acidentes;
g) participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco compatíveis com a sua qualificação;
h) registrar suas atividades diárias e relatar formalmente as irregularidades encontradas, com pro­postas e medidas corretivas adequadas e posterior verificação da execução;
i) registrar todas as ocorrências de emergência e sugerir medidas preventivas a fim de evitar novas ocorrências.

Obs. Os bombeiros civis só podem atuar nas atividades em que eles estejam plenamente capacitados e tenham os EPI e EPRA compatíveis com os riscos e os recursos necessários para o controle da emergência.

A atuação do bombeiro civil em atendimento de emergências deve estar em conformidade com os procedimentos do plano de emergência da planta, e o bombeiro civil não pode atender desacompanhado qualquer ocorrência de emergência devendo estar sempre acompanhado de alguém capacitado em emergências, por exemplo brigadista.

Os atendimentos de emergências executados pelos bombeiros civis devem atender aos tempos de resposta de acordo com a Seção 6 e seguir os procedimentos básicos de acordo com a Seção 7.

Quando ocorrer atuação em conjunto entre o corpo de bombeiros público e os bombeiros civis, nas plantas de risco alto e/ou com risco específico de desconhecimento dos procedimentos de controle pelos servidores do corpo de bombeiros público, deve ser estabelecido o sistema de comando unificado com a participação dos responsáveis técnicos e bombeiros civis da planta, para o planejamento e coordenação das ações de prevenção e controle da emergência em conjunto com o corpo de bombeiros público.

Quando houver necessidade de recursos e/ou integração de múltiplos órgãos públicos e/ou privados de atendimento de emergências, devem ser utilizados os procedimentos de gerenciamento de emergências do sistema de comando de incidentes (SCI) com comando unificado.

Quando ocorrer integração entre múltiplos serviços de resposta a emergências, utilizando as mesmas frequências de radiocomunicações, não pode ser utilizada a comunicação codificada, por exemplo, código “Q”, sendo recomendada a comunicação de forma “clara e limpa”, de linguagem plena, sem obstruções.

Todas as ocorrências atendidas pelos bombeiros civis devem ser registradas em formulário específico, que deve conter pelo menos os dados recomendados conforme a ABNT NBR 14023.

Desempenho de tempo de resposta para os atendimentos dos bombeiros civis

É recomendável que o bombeiro civil atenda ao desempenho dos tempos de resposta para a chegada da primeira equipe de emergências:

a) os chamados de resgate e/ou emergências médicas sejam atendidos com recursos para SBV e DEA em até 4 min para a chegada no local da emergência em pelo menos 90 % dos chamados, em condições reais ou em exercícios práticos simulados;
b) os chamados de combate a incêndio sejam atendidos com EPI e, quando aplicável, com os EPRA, em até 1 min do acionamento para a equipagem de proteção individual e mobilização dos bombeiros civis, e até 4 min para a chegada no local da emergência em pelo menos 90 % dos chamados, em condições reais ou em exercícios práticos simulados.

Após a chegada da primeira equipe de acordo com 6.1, e havendo necessidade de mais bombeiros civis e/ou recursos materiais, estes atendam ao objetivo de tempo de resposta de até 8 min para a chegada ao local da emergência.

As referências utilizadas como parâmetros para o estabelecimento dos tempos de resposta recomendados estão descritas no Anexo D.

Procedimentos básicos de atendimento de emergência
O bombeiro civil deve atender aos procedimentos básicos de atendimento de emergências especificados nesta Norma.

7.1 Alerta
Identificada uma emergência, qualquer pessoa pode, pelos meios de comunicação disponíveis ou alarmes, alertar os ocupantes, brigadistas, bombeiros civis e apoio externo. Este alerta pode ser
executado automaticamente em plantas que possuem sistema de detecção e alarme de incêndio.

7.2 Análise da situação
Após a chegada do bombeiro civil no local da emergência, deve ser analisada a situação e devem ser executados os procedimentos necessários conforme o plano de emergências da planta, que podem
ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com os recursos materiais e humanos disponíveis no local.

7.3 Comunicação interna
Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido um sistema de comunicação entre os bombeiros civis, a fim de facilitar as operações durante a
ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência; essa comunicação pode ser feita por meio de telefones e/ou quadros sinópticos e/ou interfones e/ou sistemas de alarme e/ou rádios e/ou
sistemas de som interno. Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro (local seguro e protegido dos efeitos da ocorrência) dos bombeiros civis, para distribuição das tarefas.

7.4 Comunicação externa
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (corpo de bombeiros, SAMU, PAM etc.), deve ser estabelecido no plano de emergência da planta o responsável pela comunicação, sendo necessário que esta pessoa seja treinada e esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.

7.5 Apoio externo
O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos públicos ou privados locais devem ser acionados imediatamente, preferencialmente por um bombeiro civil, e informados do seguinte:
a) nome do solicitante e número do telefone utilizado;
b) endereço completo, pontos de referência e/ou acessos;
c) características da emergência, local ou pavimento;
d) quantidade e estado das eventuais vítimas, quando esta informação estiver disponível.
NOTA O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos públicos, quando da sua chegada ao local, são recepcionados preferencialmente por um bombeiro civil, que fornece as informações necessárias para otimizar
sua entrada e seus procedimentos operacionais.

Controle da emergência
As equipes de emergências devem, conforme necessário e/ou possível, proceder conforme o plano de emergências da planta e treinamento específico dado aos integrantes das equipes de emergências para o controle da emergência, inclusive auxiliando os bombeiros públicos, quando da chegada destes.

7.10 Divisão das atribuições das equipes de emergências
O coordenador de emergência ou o líder dos bombeiros civis deve dividir a equipe de emergência em equipe de resgate, primeiros socorros, de abandono de área, de combate a incêndio etc., com o
objetivo de definir atribuições específicas das equipes e de seus integrantes.

7.11 Emergências médicas
Os primeiros socorros e tratamentos devem ser prestados às vítimas, conforme o plano de emergências da planta e o treinamento específico dado aos integrantes das equipes de emergências.
Todas as vítimas devem ser atendidas inicialmente pelo menos, por uma equipe de SBV, os bombeiros civis que chegarem no local da emergência, quando aplicável, devem:

a) avaliar os sinais vitais; liberar as vias aéreas superiores e administrar respiração artificial, quando indicado;
c) promover a anamnese (histórico médico, alergias, medicamentos, orientação em tempo e espaço);
d) promover a avaliação de parâmetros básicos de frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio (SpO2), glicemia e temperatura;
e) se a saturação de oxigênio (SpO2) for < 95 %, deve ser administrado oxigênio;
f) movimentar a vítima apenas o indispensável, seguindo as técnicas de primeiros socorros, ao menos que haja risco próximo e/ou iminente, quando, nestes casos, deve ser feita a remoção imediata da vítima do local de risco;
g) no caso de vítimas conscientes ou inconscientes, com sinais vitais preservados e com suspeita de lesões de coluna, deve ser providenciada a imobilização cervical e vertebral no local do acidente,
pelo menos dois socorristas devem executar esta imobilização;
h) no caso de vítimas com hemorragia, promover a hemostasia no local do acidente;
i) no caso de vítimas com fraturas, promover a imobilização no local do acidente, pelo menos dois socorristas devem executar esta imobilização;
j) no caso de vítimas em parada cárdio respiratório (PCR), deve ser providenciada a ressuscitação cárdio pulmonar (RCP) e a desfibrilação automática externa no local, por pelo menos 60 min enquanto aguardar a chegada da equipe de emergências de SAV para promover a estabilização da vítima. A remoção da vítima para o hospital de referência deve ser feita somente após esta estabilização, conforme a orientação do coordenador médico, pelo menos três socorristas devem executar as manobras de RCP e desfibrilação com uso de DEA;
k) promover a remoção para o hospital de referência, conforme a orientação do coordenador médico;
l) encaminhar a vítima para o recurso hospitalar de referência conforme avaliado pelo coordenador médico responsável pelo atendimento pré-hospitalar. Deve haver a comunicação com o hospital de referência para onde a vítima deve ser encaminhada, para informar, o estado clínico da vítima e a previsão de sua chegada no hospital.

7.12 Confinamento do incêndio
Confinar o incêndio ao local ou equipamento de origem, ou ao cômodo ou compartimento de origem, ou ao pavimento de origem, ou à edificação de origem, de modo a evitar a sua propagação e consequências.

7.13 Controle de incêndios
O controle de incêndios deve ser executado conforme o plano de emergências da planta e o treinamento
específico dado aos integrantes das equipes de emergências. Os bombeiros civis que chegarem no local do incêndio em edificação urbana, quando aplicável, devem:
a) estabelecer um posto de comando de incidente fora da área de perigo para a coordenação, pelo menos um bombeiro deve executar esta tarefa;
b) formar uma equipe de intervenção rápida com pelo menos dois bombeiros capacitados em busca e resgate e equipados com EPI e EPRA;
c) estabelecer um suprimento de água ininterrupta com pelo menos 1 520 L/min durante 30 min.
As linhas de alimentação devem ser mantidas por um bombeiro que assegure a aplicação ininterrupta do fluxo de água;
d) montar e estabelecer no mínimo duas linhas manuais de 40 mm, cada linha de ataque e de reserva (backup) deve ser operada por pelo menos dois bombeiros;
e) fornecer um bombeiro de apoio para cada linha de ataque e linha de reserva (backup) para executar a conexão de hidrantes, auxiliar no controle de linhas e entrada forçada;
f) formar uma equipe de ventilação com pelo menos dois bombeiros.

7.14 Acidentes com produtos perigosos
Acidentes envolvendo transporte terrestre de produtos classificados como perigosos devem ser atendidos e com as seguintes providências imediatas:
a) identificar o produto perigoso;
b) definir a área de segurança e o zoneamento e limite das áreas quente, morna, fria e de exclusão;
c) identificar e utilizar os EPI necessários, compatíveis com o risco para o atendimento.
Toda substância química classificada como produto perigoso deve possuir uma ficha de identificação e segurança de produto químico (FISPQ), onde devem constar informações sobre as características
do produto, medidas de proteção e segurança e ações de controle para emergências.

7.14.1 São consideradas vítimas contaminadas, todas as pessoas que tiveram contato direto com o produto perigoso ou resíduo deste.

7.14.2 São consideradas vítimas intoxicadas, todas as pessoas que apresentam alterações fisiológicas e/ou hemodinâmicas devido a reações químicas e/ou metabólicas das substâncias exógenas
com os sistemas orgânicos após o contato direto com o produto perigoso ou resíduo deste, por meio de qualquer via de acesso como inalação, absorção, ingestão e/ou inoculação.

7.15 Rescaldo
Garantir, por meio de inspeção, que, após o combate ao incêndio, não exista qualquer possibilidade de reignição.

7.16 Preservação do local
Manter o local preservado para que possa ser periciado, se necessário.

7.17 Investigação
O coordenador de emergências da planta e/ou o responsável do órgão público deve designar os responsáveis para iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório sobre o ocorrido e as ações de controle. Devem ser investigadas e/ou analisadas as possíveis causas de acidente ou incêndio e os procedimentos de controle adotados, utilizando, além da coleta de dados de imagens e entrevistas, os registros de ocorrências para poder emitir o relatório, com o objetivo de propor medidas preventivas e corretivas para evitar a sua repetição.

Procedimentos para a realização de exercícios simulados
8.1 Os bombeiros civis devem atender aos procedimentos para a realização de exercícios simulados de emergências especificados nesta Norma.

8.2 Deve ser realizado pelo menos um exercício simulado completo a cada 12 meses, envolvendo todos os bombeiros civis e profissionais de emergências da planta. Podem ser realizados exercícios simulados parciais divididos por atribuição, por exemplo, emergências médicas, combate a incêndio, resgate técnico, emergências com produtos perigosos, desde que, ao final do período de 12 meses,
todos os bombeiros civis e profissionais de emergências sejam contemplados.

8.2.1 Após o simulado, deve ser realizada uma reunião para a avaliação crítica e de não conformidades, para posteriores recomendações de melhorias. Deve ser elaborada ata na qual constem os itens a seguir, quando aplicáveis, e não se limitando a estes:
a) data e horário do evento;
b) tempos de resposta;
c) tempo total gasto no atendimento do cenário proposto;
d) tempo gasto no abandono;
e) desempenho nos atendimentos de emergências;
f) atuação dos profissionais envolvidos;
g) desempenho da participação de recursos particulares de emergências (brigada, bombeiro civil,
PAM ou RINEM e ambulâncias);
h) desempenho da participação dos serviços públicos de emergências (SAMU, corpos de bombeiros e ambulâncias);
i) falhas e não conformidades de equipamentos;
j) falhas e não conformidades operacionais;
k) demais problemas levantados na avaliação e reunião;
l) recomendações de melhorias.

8.2.2 Deve ser avaliada a necessidade de informar previamente à população vizinha do local do exercício simulado.

9 Procedimentos para a avaliação anual
9.1 Os bombeiros civis devem atender aos procedimentos para a avaliação anual, especificados nesta Norma.
9.2 O responsável pela planta e/ou o coordenador de emergências e/ou o responsável pelos bombeiros civis deve avaliar anualmente o nível de estrutura de recursos disponíveis para atendimentode emergências e de desempenho dos bombeiros civis, em pelo menos 90 % dos atendimentos de emergências ocorridos em um período mínimo de 12 meses, e de 100 % nos atendimentos em
exercícios simulados realizados periodicamente, conforme estabelecido no plano de emergências, considerando:
a) as condições das instalações dos postos, salas e/ou armários dos bombeiros civis;
b) as condições das viaturas e a necessidades de viaturas específicas;
c) as condições, quantidade e qualidade dos equipamentos e dos materiais empregados em atendimentos de emergências;
d) a quantidade de bombeiros civis;
e) a necessidade de treinamentos específicos para os bombeiros civis;
f) o tempo de resposta médio dos atendimentos de emergências em cada área dentro da planta;
g) o tempo de resposta entre os chamados e as chegadas nos locais das emergências;
h) o desempenho das ações conforme os procedimentos do plano de emergências;
i) a necessidade de adequação e/ou atualização do(s) procedimento(s) estabelecidos no plano de emergências da planta.

9.3 O responsável pela planta e/ou o coordenador de emergências e/ou o responsável pelos bombeiros civis, devem emitir um relatório da avaliação, que deve descrever quais os requisitos desta Norma não estão sendo atendidos e explicar as consequências previsíveis destas deficiências, além de recomendar as medidas necessárias para alcançar a conformidade.

10 Etapas para a implantação do serviço de bombeiro civil .Para a implantação do serviço de bombeiros civis, pode ser utilizado, para orientação, um resumo das etapas. Valeu ressaltar que as mudas significativas do Currículo mínimo do treinamento de bombeiros civis, incluiu novos temas de extrema importância, e maior carga horaria, desta forma o BOMBEIRO CIVIL terá uma condição ainda mais técnica. Confira.

Fundamentos da análise de riscos:

  • Fundamentos da análise de riscos;
  • Áreas de riscos específicos
  • Análises de riscos específicos
  • Avaliação

Total de horas do módulo 29h

Emergências médicas em atendimento pré-hospitalar

  • Introdução e aspectos éticos e legais dos atendimentos pré-hospitalares
  • Normas técnicas e legislações para APH – Atendimento Pré-hospitalar
  • Sistemas de Atendimento de Emergências Médicas Pré- Hospitalares
  • Anatomia e fisiologia
  • Avaliação inicial
  • Vias aéreas
  • RCP (ressuscitação cardiopulmonar)
  • DEA – Desfibrilação Externa Automática
  • Estado de choque
  • Hemorragias
  • Fraturas
  • Ferimentos
  • Queimaduras
  • Intoxicações
  • Emergências clínicas
  • Movimentação, remoção e transporte de vítimas
  • Emergências obstétricas
  • Emergências Pediátricas
  • Emergências geriátricas
  • Emergências com Pacientes com necessidades especiais
  • Emergências comportamentais
  • Protocolo para incidente com múltiplas vítimas
  • Psicologia em emergências

Total de horas do módulo 108h

Prevenção e combate a incêndio

  • Introdução
  • Normas técnicas e legislações para Prevenção e combate a incêndios
  • Sistemas de Atendimento dos serviços públicos de Emergências
  • Teoria do fogo
  • Proteção contra incêndio
  • Sinalização e comunicação de emergências
  • EPI, EPR e EPRA
  • Equipamentos de sistema fixo e operação automática
  • Equipamentos portáteis de operação manual – Extintores de incêndio
  • Equipamentos portáteis de operação manual – Mangueiras, esguichos e canhões monitores
  • Espuma e agentes umectantes para combate a incêndio
  • Equipamentos auxiliares
  • Técnica de combate a incêndio – resgate de vítimas
  • Técnica de combate a incêndio – Controle de fumaça
  • Técnica de combate a incêndio – confinamento, isolamento, salvatagem e rescaldo

Total de horas do módulo 169h

Resgate técnico

  • Emergências em elevador
  • Desencarceramento de vítimas.
  • Normas técnicas ABNT e legislações para trabalhos em altura
  • Procedimentos para segurança e trabalhos em altura
  • Resgate de vítimas em altura
  • Normas técnicas ABNT e legislações para trabalhos em espaços confinados
  • Procedimentos para segurança e trabalhos em espaços confinados
  • Resgate de vítimas em espaços confinados
  • Resgate aquático em águas confinadas.
  • Resgate aquático em águas abertas
  • Prevenção em área de pouso de helicópteros
  • Captura de animais

Total de horas do módulo 136h

Emergências com produtos perigosos e ambientais

  • Conceitos
  • Riscos atmosféricos
  • EPI, EPR e EPRA
  • Guia de procedimentos de emergências
  • Ações Iniciais
  • Descontaminação de vitimas
  • Técnicas de contenção e confinamento de derramamentos
  • Técnicas de degradação química

Total de horas do módulo 49h

Comunicações e atividades administrativas para bombeiros

  • Conhecer os sistemas de comunicações públicos de emergências
  • Atividades administrativas
  • Plano de emergência

Total de horas do módulo 62h

Gerenciamento de emergências e sistema de comando de incidentes

  • Fundamentos gerenciamento de emergências

Total de horas do módulo 16h

Parâmetros para determinação dos tempos de resposta para os atendimentos das emergências

RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Os chamados de resgate e/ou emergências médicas são atendidos o quanto antes, de forma a garantir a maior chance de sobrevivência da vítima, considerando que: independentemente de causas clínicas ou traumáticas, por exemplo, obstrução das vias, intoxicações, afogamentos ou ambiente com deficiência de oxigênio, que podem levar uma pessoa à parada respiratória, esta vítima pode entrar em parada cardíaca em tempo médio de 4 min, devido à resposta fisiológica da hipóxia cerebral, se nenhum procedimento de resgate e/ou tratamento por ventilação artificial e/ou oxigenioterapia for administrado; independentemente de causas clínicas ou traumáticas, por exemplo, hipóxia cerebral, cardiopatia, choque elétrico, temperaturas extremas ou outra condição, que podem levar uma pessoa à parada cardiorrespiratória, as chances de sobrevivência podem decair para até 50 % nos primeiros 5 min da parada cardíaca, havendo, após este tempo, um decréscimo de chances de sobrevivência de 5 % até 25 % por minuto, se nenhum procedimento de tratamento por manobras de ventilação artificial e massagem cardíaca, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação ventricular com uso, por exemplo, de desfibrilador externo automático (DEA), for administrado.

COMBATE A INCÊNDIO

Os chamados de incêndios são atendidos o quanto antes, para controlar o fogo o mais próximo do seu ponto de origem, de forma a reduzir a perda de vidas e danos materiais, considerando que: um incêndio estrutural em um compartimento não ventilado de ocupação residencial ou comercial com altura de até 3 m do piso ao teto, produz um aumento da temperatura até o ponto de flashover que geralmente ocorre em menos de 10 min do início do fogo no seu ponto de origem; em aproximadamente 8 min, geralmente ocorre o flashover no compartimento inicial do fogo e a temperatura do ambiente aumenta, superaquecendo os demais materiais combustíveis e ocorrendo a propagação rápida do fogo para outros compartimentos da edificação, que pode destruir mais do que 50 % da propriedade neste tempo; em tempo superior a 10 min, geralmente o incêndio pode destruir mais do que 90 % da propriedade, se nenhum procedimento de ventilação e exaustão, resfriamento e extinção das chamas for executado,

Comentários

Edes Araújo da Silva
muito bom este post

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